domingo, 6 de janeiro de 2019

Todo dia 7, 17 e 27 vejam na nete o blábláblá do Zeti

OS MAGROS REIS MAGOS
(Zetti)

Advento é espera do nascimento.
Mais vale o evento deste momento.
Aqui, agora e super-atentos!
Águas passadas do riozinho não move mais o moinho. Passou o vento e não move mais a hélice do cata-vento.
“Não matarás” é lei do passado. Meu coração diz agora que não devo matar.
Um pequeno atrito com o outro já é matar um pouco.
Dentro de nós há um templo. Somos ele e não o tempo.
Nos recônditos deste sacro lugar há um altar de um Deus vivo que fala agora para mim e através de mim. Esta hora é a hora “H”.
O nosso interior no conjunto corpo-espírito é aquela gruta de Belém em sintonia com a vida em geral. Mais oculta há uma manjedoura ou cocho para dar ração aos animais onde está o Deus criançinha que nasceu neste instante e repousa em nós e todos nós repousamos Nele se acaso formos crianças também.
Nesse cocho-berço não há carne ou sangue, mas feno macio ou forragem para forrar o recém chegado. E chegaram dia 6 os Magos Reis.
Fora da gruta uma vaca viva rumina em reflexão e um cedro do Líbano de 2018 anos ainda está lá, imóvel e em profunda meditação. E os Reis Magos também. Magros de tanto viajar, mas com grande energia, talvez porque eram vegetarianos da Índia.
Somos a gruta-templo, berço-cocho e neste agora é o natalício da vida. Somos templos sem suntuosidade, simples como é uma gruta.
O essencial é a postura de limpeza. De que adianta estender tapete persa no templo, se jogamos carcaças de animais por debaixo do mesmo?
Minha cara pessoinha é este o momento: nasce em você e em mim “o cara” com cara de Deus.
Nascimento é vida e não exploração e morte. Urge estarmos atentos! Agora e na hora da nossa morte amém? – não meu irmão! — agora e na hora de nossa refeição, amém!
Perdoe-me se insisto porque é muito estranho pratos com bicho morto e dar graças a Deus. Desnecessário este sacrifício. É incoerente o prazer de comer à custa de um inocente.
Faço um convite para ruminarmos esta reflexão: não explorarmos aos próprios ruminantes.
Afirmo agora e o menino em mim confirma: refeição consciente é uma linda celebração da vida. Aí sim, tem coerência orar:
Graças a Deus!

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