terça-feira, 26 de março de 2019

Todo dia 7, 17 e 27 vejam na net o blablablá do Zetti

GAIOLA DAS LOUCAS
(Zetti Nunes)

Na medida em que estendemos nossa conexão, mais entendemos do amor. No mais, nada mais é necessário.
A gente age no faro, palavras como disciplina, obediência e felicidade vão pro ralo.
Na íntegra se integramos e entregamos o personal limitado ao sem limite.
Se nos sentimos num lar cósmico, grande tanque onde não há compartimentos estanques, esse próprio tanque se confunde conosco e com o amor, aí dentro, um Arcanjo não vale mil dólares, um humano não vale dez ou uma galinha e seu galinho não valem um centavinho. Todos se equivalem: anjos, querubins, serafins, minha filha Luiza e meu bisavô, ambos Serafim! Se tais seres existem coexistem conosco. Se um serafim nos respeita podemos nós respeitar a galinha.
No entanto essas plataformas podem ser fôrmas e formas do nosso personal restringir e desconectar o que Deus nos uniu. Quando a Bíblia diz: ”...não endureçais os vossos corações”, podemos trocar por “não engesseis”.
Energia é apenas uma palavra. É uma força que a tudo vivifica. Imaginemos nós dois sentindo o vento que balança as folhas de um coqueiro... que lindeza! Vamos encaixotar o vento? E quando na Bíblia diz: “o vento sopra onde quer”, troquemos vento por energia universal.
Muitos de nós veneramos este Papa, até mesmo os de fora do cristianismo. Papa? — Francisco é adequado para ser nosso irmãozinho (fratelli) e não Papa (pai).
Na Índia, para o mais alto Guru é dado o título de “Sua Divina Graça” e em Roma “Sua Santidade”. É o mais alto grau e na ordem crescente dos degraus! No entanto entre irmãos... precisa dizer mais?
Há os párias na Índia que estão no mais baixo degrau; aqui, ainda há escravidão em algumas fazendas do interior e no “interior” de falsos cristãos. E abaixo do mais baixo degrau – sub sub sub – colocam os animais nossos irmãos segundo São Francisco .
Por sinal aqui em Curitiba – PR a igreja de São Francisco foi construída por escravos. É chamada Igreja da Ordem. No entanto... o amor é desordem. E quem quer ser o primeiro no topo, que seja o último disse Jesus.
Por ironia, no único degrau da Igreja da Ordem presenciei duas mocinhas lindinhas se beijando!
Há em nós caminhos outros verdejantes chamegos e chamejantes carinhos que nossos estreitos caminhos apagam, e nossos estritos carinhos não afagam.
Não dá pra selecionar carinhos, encaixotá-los e rotular a caixa. Dá? Simplesmente são carinhos é normal e ponto final.
Muita gente arrepia seus pelos porque sou pelo contrário!
— tenho poucos pelos no corpo e muitos “pelo contrário” na visão. A culpa é do vento que sopra onde quer (meus pelos!)
Em alto e bom som: não foi obscena a cena das quase meninas no degrau da igreja da praça, foi a “Sua Divina Graça”.
O amor é simbiose, isto é, entreajuda. Assim fazem os insetos aos espalharem o pólen.
Semente, sêmen, pólen, dão aos seres continuidade. “La fete continur”!
Eis aí “Sua Santidade”, a vida!
Se há ou não evolução das espécies, importa nossa reverência a elas. Se assim o fizer você e eu colocamos em prática uma teoria que é
a de menos harmonia
para mais harmonia.
Ora, isso é a essência da evolução e nossa vocação. A entreajuda nivela por cima todos os seres no mundo.
Um inseto e um beija-flor não polemizam, polinizam.
Condensa nas tuas asas beija-flor, o símbolo da energia universal, a apoteose da graça e a simbiose de todos nós.
Este planeta deveria ser um grande circo místico.
Num formidável portal, abrem-se as cortinas e uma voz solene anuncia:
Senhoras e senhores,
Rrrespeitável público!
— é com muita honra que lhes apresento
o maior espetáculo da Terra:
Eis Sua Santidade!
Apresento-lhes Sua Divina Graça


O Beija-flor!

domingo, 17 de março de 2019

Todo dia 7, 17 e 27 vejam na internete o blablablá do Zetti.

AGUDEZ, MACIEZ E MORBIDEZ
(Zetti Nunes)

Tem a suavidade dos minutos que antecedem o nascer do sol e que se emenda com o rabo da noite. Na varanda tem o vaso e a terra dentro que se emenda com a flor e o vento suave que balança a folhagem e espalha odor. Tem a graciosa Estrada da Graciosa que serpenteia e se emenda ao não menos gracioso Rio Nhundiaquara. Mais além, serpenteia o trem brincando de furar montanhas.
E tem “tens” e trens não muitos zens, reverso que se emenda no perverso.
Lá mesmo, o trem que serpenteia cortou ao meio a serpente cascavel e tem a cascavel que engole sapo e qualquer “trem” animal.
Tem a onça presa no zoológico que se preza em rasgar presas com suas medonhas presas.
Tem a briga de cães, outras lutas e outros trens.
Contrastes!
Na natureza é assim, sem escolha. Em nós é proporcional a expansão do entendimento. Se por dentro insuflamos e alimentamos o homem das cavernas iremos nos alimentar como eles e teremos um prazer mórbido de ver cenas de violência. Contradiz nossa vocação de maciez.
No geral e no nosso inconsciente escolhemos a agudez e a maciez juntos. Escolhemos não! — de forma subliminar foram nossos pais e a sociedade que escolheram por nós e aceitamos passivamente.
Sobre isto ou aquilo não se devia engolir antes de a si mesmo perguntar.
— É bom para mim e para a humanidade?
— É bom para a vida, a natureza e o planeta?
Se assim é, também é bom para a unidade e a evolução universal e naturalmente para o Criador.
E não devemos nos esquecer da comprovação de Einstein de que o universo é curvo... e os astros redondos.
A suavidade, o zen, a maciez fazem sentido. Vez ou outra batemos de frente. Travessos, atravessamos como “reto de lagarto”. Mais interessante e surreal é este contraste: todos os “retos” são redondos!
Voltemos então ao vaso de barro na varanda. Ele quebra!
Tudo é delicado: a flor, o vento e o odor. Imagine você e eu integrando essa paisagem. De repente acabou-se o que era doce: “eu vou te contar um caso eu quebrei o vaso e matei a flor (de: Daniel Barbosa - Geraldo Blota – Mirabeau)”.
Só mais um contraste, refiro-me à tragédia de Suzano – SP.
Se houvessem filmado toda a cena, muitas pessoas teriam prazer em ver na TV esse massacre e várias vezes, na proporção da sua maior ou menor morbidez.
Insanos que somos.
Suzano que amo, Hosana!
Suzano é mansinho
Suzana é carinho
É doce balanço a caminho de amar.
Hosana Suzana!
Que dança e anda
Que anda na dança
Suzana que graça lambança.
Não faça pra mim tanta onda
Meu barco em tuas ondas balança
Mergulho e me encharco
Me orgulho de ti
Suzano te amo.
Suzana te amo.
Hosana!
Hosana!

quinta-feira, 7 de março de 2019

Todo dia 7, 17 e 27 vejam na net o blablablá do Zetti


Rio Sagrado
Zetti Nunes

(Peço licença às pessoinhas agnósticas amigas do meu blog ou não muito chegadas à mística)

Rio acima fui chamado,
Rio Sagrado
Nome deveras apropriado.
O barraco foi armado,
Isto é: uma grande tenda onde ficamos
Cinco dias meditando,
Celebrando a vida
Muito além de um carnaval e da cerveja.
“Veja bem!”, era o que o repercutia em nós.
Como um mantra ou uma jaculatória católica
Se ouvia bem esse “veja bem!”.
“Ser Veja” bem! Tomamos ser-veja-bem o tempo todo.
Se você me disser: Daime deste chá dos Incas
Vai ver de onde eu vinho!
“Vinho da alma” é o significado indígena de ayahuasca.
Ser, veja bem:
Não era só o Rio Sagrado,
Tudo era,
Tudo é
E tudo será sagrado.
No dia em que Jesus levou alguns amigos rio acima para o Monte Tabor, se transfigurou diante deles e um deles, Pedro, disse: “Rabi, é muito bom estarmos aqui! Vamos erguer três tendas: uma será tua, uma para Moisés e uma para Elias”. (Marcos 9:5). Da mesma forma digo eu e aquelas pessoinhas e a madrinha fofinha. E digo também, fiquem vocês e para sempre no meu lado esquerdo do peito. Nosso monte não era o Tabor, mas tinha tambor.
Para você que a tempos me lê.
Léia leia-me nas entrelinhas.
Pense o que quiser, aliás não pense, intua-me, e lavai a alma primeiro. Lá vai: o chá Santo Daime dizem que é droga, rebenta com o cérebro e é alucinógeno. Está bem. Porém é alucino ou a luz e um sino e um endógeno.
Que rebente meu cérebro e acabe com ele, eu quero sim é usar somente o meu coração... então, lavai de novo: bendita droga que me fez voltar à mística do SOMOS 1.
Rio Sagrado que despencas cantando, quero subir rio acima até o seu cimo. Cantando e vibrando com o sino d’alma altissonando.
Para o Monte Everest celeste estou indo.
Cantando e me decantando nas pedras da vida.
Sem o celular, levo somente o selo do lar uni-versal SOMOS 1.
Lar o grande barraco onde todos dançam sem carne e sem carnaval. Lar, todos os seres são bem-vindos.
Repeteco que é pra fazer eco: todos.
Bem-vindo a este mui lindo barraco.
Porque tudo é sacro e portanto farinha do mesmo saco.
Rio Sagrado,


Gratidão!