segunda-feira, 26 de agosto de 2019


Dia 7 17 e 27 vejam na nete o blábláblá do Zetti.

COMUNHÃO parte II
(Zetti Nunes)

         Os dois irmãos trocaram a árvore e apoiaram as costas uma na outra. Era tal a unidade que suas colunas vertebrais eram uma só e um mesmo eixo.   
         “Comungação”, talvez seja  isto o sentido de estar aqui e agora.
         Comung-ação :  sem  um Deus separado  da  Natureza e que polariza com as tais forças  do mal.  Que diacho de achar que o ego é diabo!
         Minha filha diz para mim: “Pai, o senhor tem certeza da sua salvação?” Para o todo da vida o buraco é mais em cima. Se nós somos um – que é plural e singular ao mesmo tempo – não existe salvação nem danação. Essa coisa de querer se salvar já está centrado em nós, puro ego. Na vastidão é apenas isto, termos consciência de que somos ela própria, quero dizer, a expansão de consciência me leva à grande família universal que é a vastidão.
         Podemos imaginar que a existência holisticamente falando está dentro de uma esfera. Alto lá, porém: uma esfera não tem polos! -Polarizou, separou, dançou.  Dentro da esfera cósmica se inclui também Deus. O ego não está fora nem dentro porque é a ilusão separativa.  Nossa consciência caminha para mais amplitude e nesse processo, temos vislumbres de sermos a própria esfera. É a experiência da Sagrada Comunhão. Tudo está incluído na esfera e ao mesmo tempo não existe esfera.  Subsiste apenas a comunhão.
        Comunhão, como o próprio nome sugere, não tem especificidades, portanto até os Iluminados são eliminados. Sobra na esfera apenas a comunhão e somos ex-feras das ilusões separativas.
        Nós humanos precisamos de referências, alegorias ou parábolas. Se por elas me fiz entender, eliminemos também elas, como seja a própria esfera do todo, o sagrado, a vida, Deus. Sobrou o quê? Não seria a comunhão? Nada mais precisa, nem a palavra comunhão, só a comunhão solta na vastidão.
       Ao longo de todo o século passado, Krishnamurti repetia muitas coisas, dentre elas isto: “a palavra não é a coisa”. Este dito não se adapta aos que somente pensam, pois irão dizer: “Claro que não é a coisa!”
       Então vamos lá: a palavra comunhão não é, nem de longe o que ela tenta expressar.
Somente passar pela experiência satisfaz. Uma fração de um segundo do relâmpago é o suficiente. E não adianta me perguntar se eu experimentei isso, cada um deve passar pelo processo, e não acreditar no outro.
      Um portal se abriu e tudo se viu, depois se fechou.
      A palavra comunhão também caiu fora.
      Sobrou apenas e tão somente a comunhão.
      E precisa mais?


sexta-feira, 16 de agosto de 2019


LEMBRETE: o texto anterior  “UM PRODUTO FÁCIL DE VENDER”, não houve tempo para fazer uma revisão mais aplicada, o que prometo quando publicá-lo no livro 3 além de revisado sofrerá alterações para melhor. Agradeço a atenção de todos.


Todo dia 7 17 e 27 vejam na nete o blábláblá do Zetti.

COMUNHÃO parte I
(Zetti Nunes)
 
            Há uma abissal separação entre quem comunga partes e quem tudo inclui. Faço ou tento fazer uma ponte no abismo. Quem tem a doença de cataratas só vê o "lusco-fusco" das Cataratas do Iguaçu.           
           Uma curta história. Se te agradar curta. Menininha ainda foi abduzida por ETs de um cantinho no Universo onde não se explora a Natureza. Situa-se num planeta “neto” da Estrela Sirius. Lá foi educada e após alguns anos, devolvida aos familiares para os quais se tornou uma ponte e fonte de cura do lusco-fusco.
           Quando aqui era uma estranha no ninho. Num casarão próximo onde moravam, perguntou o porque dos jalecos brancos. Sua mãe disse que eram médicos e enfermeiros(as). Em hospital se entra doente e sai curado. Que bom, disse ela. Lá onde estive tem poucos doentes e a cura é com plantas medicinais. As cirurgias são raras.
           Em outro casarão, mais afastado da cidade e na troca de turnos, os funcionários também se vestiam de branco. Disse-lhe seu melhor amigo e irmão que ali os jalecos sujos de sangue não eram de médicos cirurgiões. Não, minha querida irmã, são funcionários de um frigorífico.     
           Não se assuste que ali é o contrário: Os animais entram com saúde e são despedaçados para serem alimento dos que se dizem de origem nobre ou até divina. E esse trabalho não move nenhuma compaixão? - perguntou. Não, a rotina os transforma num outro frigorífico, entendeu? São apenas os "testa de ferro" desses nobres de sangue azul.
           Em cidades pequenas há mini frigoríficos chamados açougues, onde moças como você entram ali e compram pedaços de bichos pendurados em ganchos e saem com a maior naturalidade, digo até serenidade. Olhou para a irmã e se assustou: ela estava pálida e suas mãos pareciam de um alcoólatra com "delirium tremens". A moça sentou ali mesmo numa grama sintética e apoiou as costas numa árvore de plástico e havia nos galhos passarinhos reais porém imóveis porque foram empalhados. E em seguida, cobriu o rosto com suas mãos trêmulas.
           Tinha ela saúde, agora, porém seus olhos se turvaram como se tivesse cataratas.
           Eram as águas termais da sua dor que saltitavam de duas brilhantes fontes. Inconsoláveis e inesgotáveis fontes!
           Um dilúvio inundou os impermeáveis corações humanos e seu planeta de plástico. Uma diferente  Cataratas do Iguaçu despencou em duas torrentes salgadas e quentes, caudalosas e silenciosas.
           Ali sentados, calados e colados os irmãos eram a própria imagem da comunhão que queriam ver no mundo. Eles não existiam, a comunhão tornava ausente o personal.

(no próximo texto, parte II, quero compartilhar com vocês o aprofundamento muito bonito que julgo da palavra linda, que se chama COMUNHÃO)

terça-feira, 6 de agosto de 2019


Todo dia 7 17 e 27 vejam na net o blábláblá do Zetti.

UM PRODUTO FÁCIL DE VENDER
(Zetti Nunes)

Suntuosos rituais, mesquitas, templos, palavras ao vento.
O que está fora de nós seduz. Projetamos nosso desejo de pose e posse.
Há três mil anos que desejamos sentar no trono de Salomão. Sua pompa é fácil de vender, não tem segredo diz o Macedo! Ou “Pedo” o ex pescador e hoje ex pobre. Da santa ignorância prosperam os religiosos e ideologias afins.
Não resisto a mais uma ironia, desta vez é comigo mesmo, este aqui, o Zetti.
Fui enganado por um Luiz e um João, ambos Inácio.
Jõao de Deus se diz a transmutação de Santo Inácio de Loiola.
(gays me desculpem!) Se é o Loiola não sei, mas goiola é que não é!
Dê-se a ele um pouco de desconto pra freguês. É que de 600 pessoas que passam na sua frente umas cinco por centos são lindas mulheres e algumas destas o veneram tanto, que até se orgulham de ter estado com ele naquele estado em que nasceu.
O outro que me enganou é o outro Inácio, o Luiz Inácio Lula que não devia ser Silva porque lula não silva, cigarra sim.
Uma lula verdadeira e um Lula veraz, não poderiam estar no cativeiro. Pobre do Lula dizem uns! Ou seria: pobre do ex pobre?
Ao Lula também dou um desconto porque capitalismo nos fecha a boca. O que ficamos de boca aberta é ele dizer que não sabia de nada.
Conversei com um cientista, lulista de carteirinha e ateu. Você não é ateu, brinquei... és devoto de um novo Santo Inácio, “o Lula”.
Arrependido Lula lá lá no céu, São Pedro dirá: nunca vi um companheiro tão bom! Bom de que? Pergunta Lula... — bom de facão, retrucou o Pedro. Não nego que também neguei e truquei de facão três vezes, negando Jesus. Por isso te convido, quer ser meu parceiro no truco? Venha Lula, é hora de você já ir entrando. — Jair não, por favor, suplicou Lula. Pedro quase morreu de rir e só não morreu porque lá é proibido morrer! Pedro recuperou o fôlego e continuou — no planeta azul você fazia o sinal da cruz com a esquerda. Direita ou esquerda é tudo a mesma coisa! Venha, vamos pra mesa. Da ceia vegana? Retrucou Lula. — Não, mesa de truco! Dessa vez “Pedo” quase “pedou” de tanto rir.
Lula, aqui é como a tua Letícia que significa alegria, mas que fique bem claro, não é “aqui como”, mas “aqui é como”. — Ah Que alivio! Suspirou o ex PT. — e onde está ela a minha alegria? Está no teu, no meu e no rosto de todos aqui. Quanto à tua Letícia, está de papo com Terezinha, a avó de um petista de carteirinha e Salustiana sua bisavó, analfabeta e sem carteirinha. Desta bisavó, os gregos copiaram dela a frase “conhece-te a ti mesmo”. Ela dizia quase o mesmo: “até parece que não se enxerga!”.
E sua filha Daluz, era chamada de “proprietária da luz”. Dona Daluz não é isso? E a tua “dona” Letícia era a proprietária da alegria.
Alegria, luz, paz e amor, tudo beleza! No entanto no geralzão cósmico, a palavra chave  é a unidade.
Mente o socialismo porque é da mente, advogado não quer perder. Daqui pra frente Lula, você fica desmemoriado e sem raciocínio. Na prática vá colocando o Jair no seu coração e vice-versa pra ele e seu vice. Os capitalistas têm medo da palavra unidade porque pensam que no fundo é o mesmo que socialismo. Nada a vê!
As religiões estragaram a palavra irmão, restrita aos humanos ou pior, a uma doutrina; o catolicismo restringiu sem querer a palavra comunhão muito mais ampla e bela; o PT restringiu a frase “não tenha medo de ser feliz”. Digo assim: não tenha medo de ser feliz, mas primeiro, busque com todo o teu ser a unidade com todos os seres.                                                                                                                      O resto virá de lambuja.
Em substância, a substância que jorra da fonte UNIDADE é similar a um oceano. Submerge paulatinamente a vida nessas águas em todos os lugares do uni-verso.
Quando tudo soçobrar e nada sobrar, seremos essa mesma fonte, ou substância, ou oceano, ou amor, ou unidade, ou filiação divina.
E então, todo entendimento será possível.
Até este: se somos a mesma substância divina somos filhos dela, e se somos seus filhos, somos o Deus Filho.