quinta-feira, 26 de março de 2020


FAÇAMOS A RECONEXÃO
(Zetti Nunes)

A espécie humana se isolou das outras e se tornou artificial. Até o asfalto não nos deixa pisar no chão.
No aspecto econômico é um desastre ficar isolado; no sentido espiritual e psicológico muito pior. Aí está a vulnerabilidade de nós humanos que só olhamos para o próprio umbigo.
Tudo é passageiro nesse trem da vida (menos o maquinista!); todos os seres têm a mesma cara de outrem, ou trem, diz o mineiro, e nenhum ser é um trem qualquer.
Autentico e meritório é descobrirmos sozinhos que nós humanos, não estamos sozinhos. Somos multifacetados. Bem diz o ditado: “é a cara de um e o focinho de outro”. Ou de outrem que neste caso é o focinho do porco.
A unificação e reunificação desse trem da vida só nos é possível sozinhos, porque as ideologias e doutrinas são parciais, isto é, antropocêntricas e especistas por tanto suspeitas, por esse mesmo fato de não darem valor às outras espécies.
Descobrirmos sozinhos que não estamos sozinhos não é arrogância, pelo contrário, é despojamento. Deixar ao largo esse trem das ideias é não ser memorialista.
“No princípio era o Verbo...” (diz a Bíblia). No nosso caso o princípio é um zero, isto é, começar do nada. Somos então uma página em branco. Em seguida não é dizer como Renê Descartes: “penso, logo existo”. Não. É continuar sendo uma página vazia, branca, limpa.
Começar do zero é ficar assim, eternamente vazio, limpo, transparente, é retornarmos à inocência e ser o que éramos: uma criança inocente, tateando e sem apoio do passado. Viver no “agorinha” para não sermos mortos-vivos, ao invés, somos o “vivinho da silva” ou “o já e não o que jaz”.
Grande parte das pessoas nasce nesse mundo artificial das cidades e quando vão juntos para junto da natureza é para explorar ou usufruir dela, nunca para entrar em comunhão. Aí não são mais inocentes; em apartamentos, folheamos jornais e livros e esbanjamos conhecimento sobre a natureza sem vivermos com ela, porque estamos sempre fechados numa redoma de vidro.
Pessoas isoladas e a natureza desolada.
Deixaram de ser inocentes.
Só para ilustrar:
Uma conferencista ilustre estava fazendo algumas palestras sobre a nossa conexão milenar com a existência muito além da nossa espécie. Num desses dias justamente quando a palestrita entrou no salão e ia começar a falar, um passarinho sentou no peitoril de uma das janelas e começou a cantar a todo pulmão, e depois, voou. A conferencista apenas disse: se ouvistes bem esse mensageiro de asas ele resumiu de maneira tão bela o que eu ia dizer. Peço agora a todos ficarem em silêncio por alguns minutos absorvendo essa conexão. Passando-se dez minutos, disse: não tenho mais nada a acrescentar ao ilustre conferencista desta manhã. Dou por encerrada esta palestra.
Obrigada!

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segunda-feira, 16 de março de 2020


SEM QUERER QUERENDO
(Zetti Nunes)

Escrevo desde jovem em um caderno sem pauta e sem alinhamento, na brancura sem mácula do papel.
Sem verdades ou mentiras mentalizadas, no embalo e válvula de escape expressando o que mais tenho de bonito: alma limpa talvez imaculada.
Nada a querer, a não ser a inocência de formar uma quadrilha de meninos: meu irmão Ito, Gilmar, Eu mesmo e Jesuzinho que o Ito apelidou de Zinho.
Contava Zinho que certa vez entrou no templo para conversar com os Doutores da lei e se segurava para não rir das sisudas elucubrações daqueles teólogos. Para disfarçar disse: é só amar e brincar e saiu de lá rindo. E o Ito imitava a pose dos homens da lei e Zinho quase morria de rir, só não morria justamente porque ria.
E por falar em morrer nada quero “pós mortem” a não ser ficar encantado e abraçar as mulheres que amo, sem transmitir corona vírus. Imóvel como uma árvore milenar, abraçá-las “ab eternum”.
A quadrilha convidou para dançar quadrilha, quatro Marias: A Maria Madalena de parceria com Zinho e as três Marias do céu estrelado, parceiras de nós três.
E dançamos até o sol entrar na roda com sua Aurora que era a menina dos seus olhos.
O sol também menino de dez anos-luz, confidenciou-nos que não queria ser rei-sol, mas apenas desabrochar como flor naquela manhã e no amanhã de todas as manhãs.
Zinho se inspirou: nada mais quero, mas quero porque quero duas asas de quero-quero; quero ser feliz e não ter vergonha de ter nariz (e todos riram).
Tudo era dez para a quadrilha de cinco casais; uma só Aurora da vida e nota dez na escola da vida e dez anos a nossa melhor idade.
O famoso meninoZinho não queria a fama, porém, transmutar-se na viva e eterna chama do amor.
Finis coronat opus” (o fim coroa a obra)

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sexta-feira, 6 de março de 2020


OS FILHOS DA FRUTA QUE CAIU
(Zetti Nunes)

A fruta ou puta é a sociedade corrupta que nos pariu. Somos filhos da P. enquanto formos seus clientes, porém cientes seremos filhos da mãe consciência.
Ou a P. continua nos parindo, ou caímos fora do seu útero.
A P. sociedade nos tenta com todo tipo de delírios e ilusões, depois inventa profissionais para curarmos.
Tem sentido?
A propaganda nos entope de açúcar e gordura animal para depois entupir o hospital. Pessoinha: essa tua protuberância abdominal é do açúcar ou da gordura animal? Se for "cocô cola" menos mal ou cerveja, por que não matas um ser. Ser, veja bem! Por outro lado, quem come animal, não mata, mas assina a procuração para matar. Não é "la meme chose"?
No caso da natureza, desmataram e depois criaram os ambientalistas; a P. cria o caos dentro de nós para depois aparecer todo tipo de terapia; no meu caso particular, fico tão puto da vida com essa P. que estou com depressão e aí fabricam remédios, psiquiatras e terapias que tais, para tomar o meu dinheiro. Tem sentido?
Os filhos da P. dos laboratórios não querem a cura do câncer, querem dar remédios até pularmos para dentro do caixão; os frigoríficos dependem da matança, senão os seus donos não tomam seu uísque; os mais velhos fazem a guerra e depois mandam os jovens se matarem entre si. E os fabricantes de armas, se alegram e também tomam seu uísque.
É aquela história da torneira pingando: ao invés de consertarmos a torneira, eternamente ficamos a enxugar os pingos.
Tem sentido tudo isso?
Na minha infância, havia a profissão de ferreiro. Quando o ferro estava em brasa, seu Matias o entortava. Digo assim: já cansei minha beleza de malhar em ferro frio, mas vou repetir: o antropocentrismo é a ideologia da P.
O ser humano, Jesus ou Siddarta não estão acima da vida. E não só Siddarta pode dizer: "eu sou a vida": aquele formigueiro na grama que estou vendo agora e a própria grama tem o direito de dizer, "eu sou a vida".
Muitos têm no lado esquerdo do peito, uma pedra de gelo em forma de coração e gostam de enxugar gelo. É o caso dos "evan-gélidos"; outros sem consciência parecem amebas, com um ou dois cromossomos (cromos: somos um!). No entanto, ameba ou bicho que dá seda, são manifestações da vida e do Criador.
Paz a todos os seres.

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