segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A Conexão

A Conexão
(Zetti)

Desta tribuna do Tribunal Supremo da vida, defendo os mais fracos. Sou advogado dos bichos e exijo o cumprimento do quinto mandamento: "não matarás". E por dedução nada de ferimento ou de ferida.
Nestes termos, peço deferimento.
A petição de não matar, de ferimento e de ferida está deferida, sentenciou o Juiz da Vida.
Veja só: o besourinho cochonilha é morto e secado aos milhões e esse pó é para dar cor aos alimentos. Um deles que escapou de morrer se tivesse voz diria: sou moído em mil partes, muito embora não esteja à parte de você no mundo. Modéstia á parte sou uma parte preciosa da vida no mundo.
Mas um veja só: a arte do encontro é o que desejo instigar. Sem polêmica, mas a fome de se perguntar. Pergunto para fomentar a conexão.
Existe por exemplo a fome de amar a um cãozinho e a fome de comer outros bichos. 
No filme "Os Terráqueos", há este sub-título: "Faça a conexão".
Tenha a coragem de ver esse filme longa, mas sem mais delongas me responda.
Seu desumano escroto: 
Porque amas um e come outros?

(Fez a conexão?)

Todo dia 07, 17 e 27 veja o blá blá blá do Zetti na internet.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Uma utopia e duas histórias

Uma utopia e duas histórias
(Zetti)

Conciliar as religiões tradicionais cristãs, quase impossível.
De cristãs com outras? – bem mais que quase.
De pessoas religiosas, quem sabe!
Incluo nesse grupo, as vertentes do “inca chá”.
Uma concórdia ou até uma discórdia amorosa. Não um amor falso ou superficial, ou sorriso amarelo!
Cada religião é um centro e dentro de cada uma, há pessoas que não exageram nesse centrismo e tem profunda espiritualidade, abrem o coração e podem abrir esse concílio na internet.
Poderia ser um fórum permanente com um pressuposto de boa vontade, tolerância, reflexão e coração juntos.
A vivência disso tudo seria a essência mesma desse reconcílio.
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, voltando, faze a tua oferta.” Mateus 5:23-24
Reconciliar de “hermanos” humanos e destes com irmãos terráqueos em geral. Ora, ora! Ação como premissa, depois oração, cultos e missas.
Nesse fórum, definir o que não é a fraternidade e não colocar nada no terreno da demolição. Porque ao colocar, recomeçam as desavenças.
Podemos apenas tentar ou expressar o que é, através do coração, da poesia, e racional, tudo juntos. Alguns escritos de Krishnamurti podem ajudar. Desconstruir comportamentos enraizados e compartimentos fechados. Essa é a minha utopia.
Francisco de Assis se perguntou:
- Amar é somente a Deus, às pessoas, ao meu cão e ao meu gato? Só? Imagino que fez um carinho ao seu irmãozinho bichinho fofinho gatinho e se questionou: e o ratinho? Por que não? Por que não?
É de propósito que este roedor também fofinho, irmão do Zetti, se intromete.
São Francisco foi visitar seus confrades que moravam em um casebre e um deles disse:
- Aqui infestam os ratos, é uma festa. Está faltando um veneno.
Francisco advertiu esse irmão e depois falou alto:
-Irmãos roedores presentes, cuidado com gente! Lugar de rato é no mato!
-Vamos, “chispem” daqui!
Venceu o fraterno amor: No outro dia não havia mais roedor.
Há bem pouco tempo ouvi essa historia, e fiquei impressionado e até arrepiado pela semelhança com a minha.
Quando menino me esquecia do mundo, seguindo o “carreiro” das formigas. Talvez entre essas amigas e eu não haja segredos.
Não sou um santo, a forte sensibilidade é que me move.
Há muitos anos atrás, num sábado, fui com meu irmão Manoel na sua chácara, e lá havia um formigueiro.
Manoel disse ao chacareiro:
 - Segunda-feira jogue veneno nelas.
Num repente, o que estava no meu coração, saiu pela boca. Lembro-me que me inclinei um pouco e disse bem alto às formigas:
- Vão “simbora” daqui, senão vão morrer!
Mais alguns dias, meu irmão voltou lá e ouviu isso do chacareiro:
- Patrão, na segunda-feira eu fui com o veneno matar as formigas. Chutei o monte que “treisantionte tava” lá!
- Aquele teu irmão tem uma boca!
- Por quê? Perguntou o Patrão
- Seu Mané, as formigas deram no pé!
No judaísmo a páscoa deles é a fuga do Egito. Para as formigas que descendem daquele formigueiro é a fuga da chácara. Não sei quando ou em que época do ano é a sua páscoa, sei apenas que não é no domingo, é na segunda-feira!


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O Gato de Botas

O Gato de Botas
Zetti

Digam comigo bichanos veganos e gatas veganas de duas patas:
Cuidado, amigos de quatro patas com esses cruéis gatos e gatas de botas de couro e duas patas. São falsos carnívoros, lobas mulheres literalmente vestidas com pele de ovelha e pisantes de alto coturno.

Alerta amigos bichos de duas patas e mil penas, os humanos não tem pena de vocês. São falsos predadores e falsos pregadores da paz. 

terça-feira, 7 de agosto de 2018

A não ser que...

A Não ser que ...
(Zetti)

O amor é ilusão. Total e completa ilusão, a não ser que seja radical e contemple tudo que vive.
Sexo é ilusão, a não ser que seja um encontro não só do instinto mas de todo o ser e do cosmos.
Fraternidade universal é um delírio e uma piada, a não ser que respeitemos tanto um humano pescando quanto um peixe que ele desrespeita.
Não têm sentido a vida a não ser que a sua semente venha de uma árvore comum que, por sinal ainda existe. Há trilhões de anos existe uma árvore com velhas raízes e um tronco comum que são todos os viventes e seus frutos são os mesmos. É a árvore genealógica da vida. Gente, qual é a lógica? Da mesmíssima semente é que viemos.
Meus textos são obscuros a não ser abras o coração para ver uma luz no final desse túnel.
Nada ver comigo os poéticos textos a não ser que eu mesmo seja um poema inserido no contexto.
Como assim, espinheira santa? Até as folhas tuas têm espinhos!? A não ser que teus espinhos sejam remédio.
Meu desejo é parecido com a espinheira: que algum aparente espinho dos meus textos seja remédio.
Voltas e mais voltas e voltamos no mesmo lugar. Onde está a reta que é atalho? A não ser que emendemos retalhos para fazer da vida uma colcha de retalhos onde nada se despreza. Façamos de uma mosca azul, um grilo, um beija-flor, um bezerro e uma criança uma linda colcha de retalhos.