quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Uma utopia e duas histórias

Uma utopia e duas histórias
(Zetti)

Conciliar as religiões tradicionais cristãs, quase impossível.
De cristãs com outras? – bem mais que quase.
De pessoas religiosas, quem sabe!
Incluo nesse grupo, as vertentes do “inca chá”.
Uma concórdia ou até uma discórdia amorosa. Não um amor falso ou superficial, ou sorriso amarelo!
Cada religião é um centro e dentro de cada uma, há pessoas que não exageram nesse centrismo e tem profunda espiritualidade, abrem o coração e podem abrir esse concílio na internet.
Poderia ser um fórum permanente com um pressuposto de boa vontade, tolerância, reflexão e coração juntos.
A vivência disso tudo seria a essência mesma desse reconcílio.
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, voltando, faze a tua oferta.” Mateus 5:23-24
Reconciliar de “hermanos” humanos e destes com irmãos terráqueos em geral. Ora, ora! Ação como premissa, depois oração, cultos e missas.
Nesse fórum, definir o que não é a fraternidade e não colocar nada no terreno da demolição. Porque ao colocar, recomeçam as desavenças.
Podemos apenas tentar ou expressar o que é, através do coração, da poesia, e racional, tudo juntos. Alguns escritos de Krishnamurti podem ajudar. Desconstruir comportamentos enraizados e compartimentos fechados. Essa é a minha utopia.
Francisco de Assis se perguntou:
- Amar é somente a Deus, às pessoas, ao meu cão e ao meu gato? Só? Imagino que fez um carinho ao seu irmãozinho bichinho fofinho gatinho e se questionou: e o ratinho? Por que não? Por que não?
É de propósito que este roedor também fofinho, irmão do Zetti, se intromete.
São Francisco foi visitar seus confrades que moravam em um casebre e um deles disse:
- Aqui infestam os ratos, é uma festa. Está faltando um veneno.
Francisco advertiu esse irmão e depois falou alto:
-Irmãos roedores presentes, cuidado com gente! Lugar de rato é no mato!
-Vamos, “chispem” daqui!
Venceu o fraterno amor: No outro dia não havia mais roedor.
Há bem pouco tempo ouvi essa historia, e fiquei impressionado e até arrepiado pela semelhança com a minha.
Quando menino me esquecia do mundo, seguindo o “carreiro” das formigas. Talvez entre essas amigas e eu não haja segredos.
Não sou um santo, a forte sensibilidade é que me move.
Há muitos anos atrás, num sábado, fui com meu irmão Manoel na sua chácara, e lá havia um formigueiro.
Manoel disse ao chacareiro:
 - Segunda-feira jogue veneno nelas.
Num repente, o que estava no meu coração, saiu pela boca. Lembro-me que me inclinei um pouco e disse bem alto às formigas:
- Vão “simbora” daqui, senão vão morrer!
Mais alguns dias, meu irmão voltou lá e ouviu isso do chacareiro:
- Patrão, na segunda-feira eu fui com o veneno matar as formigas. Chutei o monte que “treisantionte tava” lá!
- Aquele teu irmão tem uma boca!
- Por quê? Perguntou o Patrão
- Seu Mané, as formigas deram no pé!
No judaísmo a páscoa deles é a fuga do Egito. Para as formigas que descendem daquele formigueiro é a fuga da chácara. Não sei quando ou em que época do ano é a sua páscoa, sei apenas que não é no domingo, é na segunda-feira!


Todo dia 07, 17 e 27 veja o blá blá blá do Zetti na internet.

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