sexta-feira, 27 de julho de 2018


A criança no cocho
(Zetti)

Mais vale o evento deste momento. Aqui e agora e super-atentos!
Águas passadas do riozinho não move mais o moinho. Passou o vento e não move mais a hélice do cata-vento.
“Não matarás” é lei do passado. Meu coração diz agora que não devo matar.
Um pequeno atrito que vem do egocentrismo já é matar um pouco.
Dentro de nós há um templo. Somos ele e não o tempo.
Nos recônditos deste sacro lugar há um altar de um Deus vivo que fala agora para mim e através de mim. Esta hora é a hora “H”.
O nosso interior no conjunto corpo-espírito é aquela gruta de Belém em sintonia com a vida em geral. Mais oculta há uma manjedoura ou cocho onde está um Deus criançinha que nasceu neste instante e repousa em mim e todos nós repousamos Nele se acaso formos crianças também.
Esse cocho é também um berço. Ali não há carne ou sangue, mas feno macio ou forragem para forrar o recém chegado.
Fora da gruta uma vaca viva rumina  em reflexão e um cedro do Líbano milenar ainda está lá, imóvel e em profunda meditação.
Somos a gruta-templo, berço-cocho e neste agora é o natalício da vida. Somos templos sem suntuosidade, simples como é uma gruta. 

O essencial é a postura de limpeza. De que adianta tapete persa se jogamos carcaças de animais por debaixo do tapete?
Neste momento de luz nasce em você e em mim o cara com cara de Deus.

Nascimento é vida e não exploração e morte. Urge estarmos atentos! Agora e na hora da morte nas refeições.
É muito estranho pratos com bicho morto e dar graças a Deus por esse desnecessário sacrifício. É o prazer de comer às custas de um inocente.
Faço um convite para ruminarmos uma reflexão: Não explorarmos aos próprios ruminantes.
Afirmo agora e o menino em mim confirma: Refeição consciente é uma linda celebração da vida. Aí sim tenham a alegria de dizer:
Graças a Deus!

Nenhum comentário:

Postar um comentário