sábado, 16 de maio de 2020


CIDINHA DO CABELO PICHAIN
(Zetti Nunes)

Vejo uma conexão do 13 de maio na Cova da Iria da Mãe Maria, aparecida em Fátima (Portugal) e o 13 de maio daqui e da Consciência Negra de 20 de novembro e ainda 12 de outubro da negra Mãe Maria, aparecida no Rio Paraíba do Sul (SP).
Pelo tempo que ficou nas águas do rio, a imagem escureceu;
Pelo tempo que durou a escravidão, a Mãe de Deus enegreceu.
Escravocratas são quase sempre masculinos e vem então a Cidinha, essa neguinha, minha madrinha, com sua imagem e dá a sua mensagem:
Sou a negritude,
A Dama África explorada,
A empregada doméstica usada e abusada.
Sou tanto o chocolate escuro como o branco, quero dizer, sou a doce Mãe; sou o 13 de maio negro daqui e o 13 de maio branco de Fátima.
Na Basílica de Aparecida tem uma sala com objetos das curas, como por exemplo, muletas. As muletas dos nossos preconceitos não dão para deixar lá. Sugiro transformá-las numa armação para asa delta.
Bonita música André Abujamra: neguinha neguinha, branquinha branquinha! Bonita música Almir Sater e Renato Teixeira: “sou caipira Pirapora nossa, Senhora de Aparecida”...”eu não sei rezar só queria te olhar te olhar te olhar”. Disse Almir Sater que a ideia inicial era acrescentar algo depois desse “te olhar”, mas deixou assim mesmo.
Atrevo-me então acrescentar:
Olhe, mas olhe bem, e se preciso chegue bem perto da Santa para ver que cor de pele Ela tem.
E se não sabes rezar, diga amém.

Todo dia 7 17 e 27 vejam na internete o blábláblá do Zetti.

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