Amazônia
(Zetti)
Faina e mais faina a explorar a
fausta fauna e flora.
Tenho dó dos
que defloram os lares da flora, só por dó (lares!)
Dólares,
reais ou do Suriname os florins peço que ame esse jardim.
Um cheiro de
vida me invade, embora longe do rio-mar e da imensidão jade.
Caso-me com
a Amazônia, façam os conclames. Flora, és minha dileta.
Alô Flora,
sobrinha neta, alô, alô!
Sua bênção
Florêncio avô, alô, alô!
Pequenino
riacho ou Amazonas, aquele abraço!
Rio Negro,
noite escura, cricri grilo, movediços brilhos nos olhos do crocodilo.
No azul
celeste, luzes fixas; nos igarapés, estrelas movediças nos olhos dos jacarés.
Desmatar
para plantar feijão e arroz? – Não. Plantar bois e matar depois. Matar bicho
tem desmate, é a comida que não como, mas não tem como des-matar.
MÃE
NATUREZA, MÃE TERRA!
MÃE!
- EM TODA A
BELEZA QUE ESTA PALAVRA ENCERRA.
Ave Maria,
quanta ave que pia! Na relva, na selva e na terra pia-terapia.
Herbáceas da
Amazônia, florais, cura e sara na farmácia das terapias e a saracura pia no
final do dia.
Tanto vejo
esplendor que pirilampejo amor.
Peixe-feixe-facho no lago logo
abaixo, lagamar, pantanal Paraguai-Brasil, lumens mil, mil vaga-lumes! Imensa
lagoa, você me alaga.
Una é vida. Reuna-a! “Somos 1” e navegantes desta barca de
Noé.
Quando a mim, não somente navego, a
barca verde navega em mim.
Viva a vida! – Viva!
Boi tinhoso, brasino, barroso, oi,
oi, boi.
Laça-los para serem vassalos?
- Estes meus braços tem um outro
laço: aquele abraço!
Passa viva a
bicharada dentro de mim. Passa boi, passa boiada e o coração é a grande
invernada.
A vida passa
e não paro odiando. Não para o riacho, cantando e parodiando nas pedras o som e
o “Luar do Sertão”.
Em tudo que
habita e orbita na urbe, no orbe e na floresta amazônica, quero ser orquestra
sinfônica, gaitinha de boca na Boca do Acre.
Régia
cascata que mil vezes despenca na vitória, no remanso e no régio descanso da vitória-régia.
Meu amigo
poeta em transito corroborou com esse trocadilho ecológico:
- “O maior
poema é a integração do bicho homem ao ecossistema” (Geraldo Magela).
Quanta
beleza parceiro Francisco Poeta de Assis.
Irmão sol
grande luzeiro, sou um simples candeeiro; irmã lua, sempre bela, sou
bruxuleante vela; irmão gigante lume, sou um simples vaga-lume; Assis,
“fratelli” Francisco, o “1”
tem um risco maior e outro menor. Você é o risco maior e eu o menor.
“SOMOS 1” .
Todo dia 07, 17 e 27 veja na internet o blá-blá-blá do Zetti.
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