Uma utopia e duas histórias
(Zetti)
Conciliar as religiões tradicionais cristãs, quase
impossível.
De cristãs com outras? – bem mais que quase.
De pessoas religiosas, quem sabe!
Incluo nesse grupo, as vertentes do “inca chá”.
Uma concórdia ou até uma discórdia amorosa. Não um amor
falso ou superficial, ou sorriso amarelo!
Cada religião é um centro e dentro de cada uma, há
pessoas que não exageram nesse centrismo e tem profunda espiritualidade, abrem
o coração e podem abrir esse concílio na internet.
Poderia ser um fórum permanente com um pressuposto de boa
vontade, tolerância, reflexão e coração juntos.
A vivência disso tudo seria a essência mesma desse reconcílio.
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a
tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, voltando, faze a tua
oferta.” Mateus 5:23-24
Reconciliar de “hermanos” humanos e destes com irmãos
terráqueos em geral. Ora, ora! Ação como premissa, depois oração, cultos e
missas.
Nesse fórum, definir o que não é a fraternidade e não
colocar nada no terreno da demolição. Porque ao colocar, recomeçam as
desavenças.
Podemos apenas tentar ou expressar o que é, através do
coração, da poesia, e racional, tudo juntos. Alguns escritos de Krishnamurti
podem ajudar. Desconstruir comportamentos enraizados e compartimentos fechados.
Essa é a minha utopia.
Francisco de Assis se perguntou:
- Amar é somente a Deus, às pessoas, ao meu cão e ao meu
gato? Só? Imagino que fez um carinho ao seu irmãozinho bichinho fofinho gatinho
e se questionou: e o ratinho? Por que não? Por que não?
É de propósito que este roedor também fofinho, irmão do Zetti,
se intromete.
São Francisco foi visitar seus confrades que moravam em
um casebre e um deles disse:
- Aqui infestam os ratos, é uma festa. Está faltando um
veneno.
Francisco advertiu esse irmão e depois falou alto:
-Irmãos roedores presentes, cuidado com gente! Lugar de
rato é no mato!
-Vamos, “chispem” daqui!
Venceu o fraterno amor: No outro dia não havia mais
roedor.
Há bem pouco tempo ouvi essa historia, e fiquei
impressionado e até arrepiado pela semelhança com a minha.
Quando menino me esquecia do mundo, seguindo o “carreiro”
das formigas. Talvez entre essas amigas e eu não haja segredos.
Não sou um santo, a forte sensibilidade é que me move.
Há muitos anos atrás, num sábado, fui com meu irmão Manoel
na sua chácara, e lá havia um formigueiro.
Manoel disse ao chacareiro:
- Segunda-feira
jogue veneno nelas.
Num repente, o que estava no meu coração, saiu pela boca.
Lembro-me que me inclinei um pouco e disse bem alto às formigas:
- Vão “simbora” daqui, senão vão morrer!
Mais alguns dias, meu irmão voltou lá e ouviu isso do chacareiro:
- Patrão, na segunda-feira eu fui com o veneno matar as
formigas. Chutei o monte que “treisantionte tava” lá!
- Aquele teu irmão tem uma boca!
- Por quê? Perguntou o Patrão
- Seu Mané, as formigas deram no pé!
No judaísmo a páscoa deles é a fuga do Egito. Para as
formigas que descendem daquele formigueiro é a fuga da chácara. Não sei quando
ou em que época do ano é a sua páscoa, sei apenas que não é no domingo, é na
segunda-feira!
Todo dia 07, 17 e 27 veja o blá blá blá do Zetti na internet.
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