A criança no
cocho
(Zetti)
Mais vale o evento deste momento. Aqui e
agora e super-atentos!
Águas passadas do riozinho não move mais o
moinho. Passou o vento e não move mais a hélice do cata-vento.
“Não matarás” é lei do passado. Meu coração
diz agora que não devo matar.
Um pequeno atrito que vem do egocentrismo
já é matar um pouco.
Dentro de nós há um templo. Somos ele e não
o tempo.
Nos recônditos deste sacro lugar há um
altar de um Deus vivo que fala agora para mim e através de mim. Esta hora é a
hora “H”.
O nosso interior no conjunto corpo-espírito
é aquela gruta de Belém em sintonia com a vida em geral. Mais oculta há uma manjedoura
ou cocho onde está um Deus criançinha que nasceu neste instante e repousa em
mim e todos nós repousamos Nele se acaso formos crianças também.
Esse cocho é também um berço. Ali não há
carne ou sangue, mas feno macio ou forragem para forrar o recém chegado.
Fora da gruta uma vaca viva rumina em reflexão e um cedro do Líbano milenar
ainda está lá, imóvel e em profunda meditação.
Somos a gruta-templo, berço-cocho e neste
agora é o natalício da vida. Somos templos sem suntuosidade, simples como é uma
gruta.
O essencial é a postura de limpeza. De que adianta tapete persa se jogamos carcaças de animais por debaixo do tapete?
O essencial é a postura de limpeza. De que adianta tapete persa se jogamos carcaças de animais por debaixo do tapete?
Neste momento de luz nasce em você e em mim
o cara com cara de Deus.
Nascimento é vida e não exploração e morte. Urge estarmos atentos! Agora e na hora da morte nas refeições.
É muito estranho pratos com bicho morto e
dar graças a Deus por esse desnecessário sacrifício. É o prazer de comer às
custas de um inocente.
Faço um convite para ruminarmos uma
reflexão: Não explorarmos aos próprios ruminantes.
Afirmo agora e o menino em mim confirma:
Refeição consciente é uma linda celebração da vida. Aí sim tenham a alegria de
dizer:
Graças a Deus!
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