O NINHO
(Zetti Nunes)
Meu caro Carlos poeta
Drummond:
Ao invés da pedra tinha um
ninho
No meio do caminho
E em meio de muitos
carinhos.
Por ínvios caminhos
Mãe é só beija-beija!
Esta de que falo
Só beija flores.
É um regalo ter no bico
O odor e a beleza.
Ágeis e incansáveis
proezas aladas
A ruflar suas asas e rufar
como tambores.
Beija-flor em lindas idas
e vindas
Foi construindo seu ninho
Para depois botar dois
feijõezinhos.
Pequenina caixa oval
Delicado escaninho que não
se quebra
Com pedra no meu dos
descaminhos.
A vida não está na casca
Disse-me o chá ayahuasca.
No entanto esse invólucro
delicado
É um portal do sagrado.
Como um cão que fareja,
veja:
O Cosmos é uma grandiosa
ninhada de ovos.
Perceber a simbiose
entrelaçada
É perceber que a unidade
Está a caminho e no
próprio ninho.
A energia do beija-flor
Simboliza o amor que
amanhece
Em nosso meio.
E nele creio se lhes
apetece
A palavra “crer”.
E crer na unidade é
entender que nada,
Absolutamente nada se
isola.
Estão na sacola os feijões
reunidos,
Então serão aquecidos.
Beija-flor, fina flor que
rima com flor,
E sei lá mais o que
f(l)or.
Dia 7 17 e 27 vejam na nete o blábláblá do Zetti
Nenhum comentário:
Postar um comentário