Dia 7 17 e 27 vejam na
nete o blábláblá do Zetti.
COMUNHÃO parte II
Os
dois irmãos trocaram a árvore e apoiaram as costas uma na outra. Era tal a unidade
que suas colunas vertebrais eram uma só e um mesmo eixo.
“Comungação”,
talvez seja isto o sentido de estar aqui
e agora.
Comung-ação : sem um
Deus separado da Natureza e que polariza com as tais forças do mal.
Que diacho de achar que o ego é diabo!
Minha
filha diz para mim: “Pai, o senhor tem certeza da sua salvação?” Para o todo da
vida o buraco é mais em cima. Se nós somos um – que é plural e singular ao
mesmo tempo – não existe salvação nem danação. Essa coisa de querer se salvar
já está centrado em nós, puro ego. Na vastidão é apenas isto, termos
consciência de que somos ela própria, quero dizer, a expansão de consciência me
leva à grande família universal que é a vastidão.
Podemos
imaginar que a existência holisticamente falando está dentro de uma esfera.
Alto lá, porém: uma esfera não tem polos! -Polarizou, separou, dançou. Dentro da esfera cósmica se inclui também
Deus. O ego não está fora nem dentro porque é a ilusão separativa. Nossa consciência caminha para mais amplitude
e nesse processo, temos vislumbres de sermos a própria esfera. É a experiência
da Sagrada Comunhão. Tudo está incluído na esfera e ao mesmo tempo não existe
esfera. Subsiste apenas a comunhão.
Comunhão,
como o próprio nome sugere, não tem especificidades, portanto até os Iluminados
são eliminados. Sobra na esfera apenas a comunhão e somos ex-feras das ilusões
separativas.
Nós
humanos precisamos de referências, alegorias ou parábolas. Se por elas me fiz
entender, eliminemos também elas, como seja a própria esfera do todo, o
sagrado, a vida, Deus. Sobrou o quê? Não seria a comunhão? Nada mais precisa,
nem a palavra comunhão, só a comunhão solta na vastidão.
Ao
longo de todo o século passado, Krishnamurti repetia muitas coisas, dentre elas
isto: “a palavra não é a coisa”. Este dito não se adapta aos que somente
pensam, pois irão dizer: “Claro que não é a coisa!”
Então
vamos lá: a palavra comunhão não é, nem de longe o que ela tenta expressar.
Somente passar pela experiência satisfaz. Uma
fração de um segundo do relâmpago é o suficiente. E não adianta me perguntar se
eu experimentei isso, cada um deve passar pelo processo, e não acreditar no
outro.
Um
portal se abriu e tudo se viu, depois se fechou.
A
palavra comunhão também caiu fora.
Sobrou
apenas e tão somente a comunhão.
E
precisa mais?
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