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GAIOLA DAS LOUCAS
(Zetti Nunes)
Na medida em que estendemos nossa conexão, mais entendemos do amor. No mais, nada mais é necessário.
A gente age no faro, palavras como disciplina, obediência e felicidade vão pro ralo.
Na íntegra se integramos e entregamos o personal limitado ao sem limite.
Se nos sentimos num lar cósmico, grande tanque onde não há compartimentos estanques, esse próprio tanque se confunde conosco e com o amor, aí dentro, um Arcanjo não vale mil dólares, um humano não vale dez ou uma galinha e seu galinho não valem um centavinho. Todos se equivalem: anjos, querubins, serafins, minha filha Luiza e meu bisavô, ambos Serafim! Se tais seres existem coexistem conosco. Se um serafim nos respeita podemos nós respeitar a galinha.
No entanto essas plataformas podem ser fôrmas e formas do nosso personal restringir e desconectar o que Deus nos uniu. Quando a Bíblia diz: ”...não endureçais os vossos corações”, podemos trocar por “não engesseis”.
Energia é apenas uma palavra. É uma força que a tudo vivifica. Imaginemos nós dois sentindo o vento que balança as folhas de um coqueiro... que lindeza! Vamos encaixotar o vento? E quando na Bíblia diz: “o vento sopra onde quer”, troquemos vento por energia universal.
Muitos de nós veneramos este Papa, até mesmo os de fora do cristianismo. Papa? — Francisco é adequado para ser nosso irmãozinho (fratelli) e não Papa (pai).
Na Índia, para o mais alto Guru é dado o título de “Sua Divina Graça” e em Roma “Sua Santidade”. É o mais alto grau e na ordem crescente dos degraus! No entanto entre irmãos... precisa dizer mais?
Há os párias na Índia que estão no mais baixo degrau; aqui, ainda há escravidão em algumas fazendas do interior e no “interior” de falsos cristãos. E abaixo do mais baixo degrau – sub sub sub – colocam os animais nossos irmãos segundo São Francisco .
Por sinal aqui em Curitiba – PR a igreja de São Francisco foi construída por escravos. É chamada Igreja da Ordem. No entanto... o amor é desordem. E quem quer ser o primeiro no topo, que seja o último disse Jesus.
Por ironia, no único degrau da Igreja da Ordem presenciei duas mocinhas lindinhas se beijando!
Há em nós caminhos outros verdejantes chamegos e chamejantes carinhos que nossos estreitos caminhos apagam, e nossos estritos carinhos não afagam.
Não dá pra selecionar carinhos, encaixotá-los e rotular a caixa. Dá? Simplesmente são carinhos é normal e ponto final.
Muita gente arrepia seus pelos porque sou pelo contrário!
— tenho poucos pelos no corpo e muitos “pelo contrário” na visão. A culpa é do vento que sopra onde quer (meus pelos!)
Em alto e bom som: não foi obscena a cena das quase meninas no degrau da igreja da praça, foi a “Sua Divina Graça”.
O amor é simbiose, isto é, entreajuda. Assim fazem os insetos aos espalharem o pólen.
Semente, sêmen, pólen, dão aos seres continuidade. “La fete continur”!
Eis aí “Sua Santidade”, a vida!
Se há ou não evolução das espécies, importa nossa reverência a elas. Se assim o fizer você e eu colocamos em prática uma teoria que é
a de menos harmonia
para mais harmonia.
Ora, isso é a essência da evolução e nossa vocação. A entreajuda nivela por cima todos os seres no mundo.
Um inseto e um beija-flor não polemizam, polinizam.
Condensa nas tuas asas beija-flor, o símbolo da energia universal, a apoteose da graça e a simbiose de todos nós.
Este planeta deveria ser um grande circo místico.
Num formidável portal, abrem-se as cortinas e uma voz solene anuncia:
Senhoras e senhores,
Rrrespeitável público!
— é com muita honra que lhes apresento
o maior espetáculo da Terra:
Eis Sua Santidade!
Apresento-lhes Sua Divina Graça
O Beija-flor!
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