Todo dia 7, 17 e 27 vejam na internete o blablablá do Zetti.
AGUDEZ, MACIEZ E MORBIDEZ
(Zetti Nunes)
Tem a suavidade dos minutos que antecedem o nascer do sol e que se emenda com o rabo da noite. Na varanda tem o vaso e a terra dentro que se emenda com a flor e o vento suave que balança a folhagem e espalha odor. Tem a graciosa Estrada da Graciosa que serpenteia e se emenda ao não menos gracioso Rio Nhundiaquara. Mais além, serpenteia o trem brincando de furar montanhas.
E tem “tens” e trens não muitos zens, reverso que se emenda no perverso.
Lá mesmo, o trem que serpenteia cortou ao meio a serpente cascavel e tem a cascavel que engole sapo e qualquer “trem” animal.
Tem a onça presa no zoológico que se preza em rasgar presas com suas medonhas presas.
Tem a briga de cães, outras lutas e outros trens.
Contrastes!
Na natureza é assim, sem escolha. Em nós é proporcional a expansão do entendimento. Se por dentro insuflamos e alimentamos o homem das cavernas iremos nos alimentar como eles e teremos um prazer mórbido de ver cenas de violência. Contradiz nossa vocação de maciez.
No geral e no nosso inconsciente escolhemos a agudez e a maciez juntos. Escolhemos não! — de forma subliminar foram nossos pais e a sociedade que escolheram por nós e aceitamos passivamente.
Sobre isto ou aquilo não se devia engolir antes de a si mesmo perguntar.
— É bom para mim e para a humanidade?
— É bom para a vida, a natureza e o planeta?
Se assim é, também é bom para a unidade e a evolução universal e naturalmente para o Criador.
E não devemos nos esquecer da comprovação de Einstein de que o universo é curvo... e os astros redondos.
A suavidade, o zen, a maciez fazem sentido. Vez ou outra batemos de frente. Travessos, atravessamos como “reto de lagarto”. Mais interessante e surreal é este contraste: todos os “retos” são redondos!
Voltemos então ao vaso de barro na varanda. Ele quebra!
Tudo é delicado: a flor, o vento e o odor. Imagine você e eu integrando essa paisagem. De repente acabou-se o que era doce: “eu vou te contar um caso eu quebrei o vaso e matei a flor (de: Daniel Barbosa - Geraldo Blota – Mirabeau)”.
Só mais um contraste, refiro-me à tragédia de Suzano – SP.
Se houvessem filmado toda a cena, muitas pessoas teriam prazer em ver na TV esse massacre e várias vezes, na proporção da sua maior ou menor morbidez.
Insanos que somos.
Suzano que amo, Hosana!
Suzano é mansinho
Suzana é carinho
É doce balanço a caminho de amar.
Hosana Suzana!
Que dança e anda
Que anda na dança
Suzana que graça lambança.
Não faça pra mim tanta onda
Meu barco em tuas ondas balança
Mergulho e me encharco
Me orgulho de ti
Suzano te amo.
Suzana te amo.
Hosana!
Hosana!
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