sábado, 26 de outubro de 2019

Todo dia 7 17 e 27 vejam na net o blablablá do Zetti


ECO-ECO-ECO ATÉ A EXAUSTÃO
(Zetti Nunes)

É urgente denunciar a omissão dos grupos espirituais no que se refere a unidade. Falar de amor sem as suas premissas é desconhecê-lo, é fechar os olhos para aquilo que o antecede, qual seja a unidade.
É urgente anunciar a unidade em razão e a despeito da diversidade.
O sentido de estarmos aqui e agora e em qualquer lugar do cosmos é termos um senso de pertencimento ao rebanho maior da vida, o único grupo possível espiritualmente falando. Um rebanho e único pastor para os deístas.
Assim percebendo saímos por aí a anunciar o uníssono e o amor será apenas a atitude que brota daí.
A essência, o que sustenta,  que dá origem, o substrato, o que fundamenta o amor é a consciência da consubstanciação da vida.
São Paulo se referiu ao “corpo místico de Cristo” e que nós somos os seus membros. O Deus Uno é isto: a consciência plena da unidade e justamente por sê-la, Ele se derrama no amor aos seus membros.
Da mesmíssima forma, também nós: à medida que a plenitude do Uno nos invade e sentimos que somos 1, o amor é a consequência. Simples assim!
Invade-nos um só rebanho, um só cardume, uma só vida, uma só família. Após este entendimento, aí sim, temos o direito de falar de amor e não antes, porque o amor é o corolário da Unidade.
Os gregos antigos erigiram uma estátua ao Deus desconhecido. Naquela época e até hoje ninguém quer saber do Deus Unidade porque não creem Nele.
Há uma cultura oculta, um culto ao deus culto da mente dos gregos. É cômodo, trágico e até cômico: ninguém quer se separar da própria separatividade.
Esse Deus desconhecido é realmente um mistério, o mistério da Unidade Absoluta, a Substância Una ou no masculino *Inefável Uno.

(*Inefável- se olhar no dicionário, vai ver que essa palavra se adéqua a Deus)


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Todo dia 7 17 e 27 vejam na net o blablablá do Zetti


PLENILÚNIO
(Zetti Nunes)

Só pode ser um Deus romântico
Esse que inventou o luar.
As serenatas eram canções tocadas em sol maior
A palavra reflexão
Faz lembrar a lua cheia,
Reflexo do sol maior
E somos nós
O reflexo de uma consciência maior
E de nossa reflexão
Deriva a luz do entorno, porém,
As nuvens doutrinárias podem atrapalhar.
A luz é fria
Ao contrário,
A luz espiritual se parece com aquele luar total
Que chamamos PLENILÚNIO.



PEÇO ESCUSAS
(Zetti Nunes)

Peço escusas
Por ser eu tão avesso às cidades.
Escusas por eu ser
Tão ligado às selvas
E desligado da internet.
Por ser tão selvagem
E amigo das feras
Por gostar das veredas
E do cheiro do mato
Por eu ser tão... ser tão...
Isso mesmo:
Peço escusas
Por eu ser tão... sertão.


(Zetti Nunes)

Ateus e deístas,
Não agrado nem a gregos nem a troianos.
Esta é a razão do fracasso dos meus dois livros anteriores.
Entretanto não faço jus ao premio de grande perdedor.
Mesmo sem esse invólucro, meu sonho nunca será cadáver porque sou uma semente.
A unidade é a alavanca de Arquimedes que move o mundo.
A beleza de escolher singrar em mares nunca dantes navegados, me faz remar sozinho.
Noutro viés mergulhei fundo com uma sonda e descobri o insondável.

domingo, 6 de outubro de 2019


Todo dia 7, 17 e 27 vejam na net o blábláblá do Zetti.

DISSIDÊNCIAS
(Zetti Nunes)

Este texto no geral foi extraído do livro “Em defesa dos animais” de Matthieu Ricard na parte “Vozes Dissidentes”. É um resumo, por isso na maior parte dispensei as aspas.

O poeta romano Ovídio tem comigo algumas coincidências. Era ele além de poeta, vegetariano. O que deveras surpreende é que nasceu no mesmo dia mês e ano que eu, porém antes de Cristo! Vejamos: nasci em 20/03/1943. Ovídio em 20/03/43  aC. Escrevi um texto com título “Metamorfose” e Ovídio um livro com o título “Metamorfoses”.
Transcrevo um trecho onde transparece seu lado sensível que se parece comigo:
“Há o trigo,
Os frutos que vergam
Com o seu peso os ramos flexíveis;
Uvas que amadurecem nas verdes videiras;
As ervas comestíveis e os legumes;
A terra é pródiga...”
“...oferece em vossas mesas tudo o que não exige sangue nem morte...”
“Quanta desgraça e maldade em fazer nossa própria carne engolir carne...”
“...em nutrir uma criatura viva com a morte de outra.”
— Ovídio, sou o vídeo de você!

São Francisco de Assis pedia aos irmãos que venerem e reverenciem tudo o que vive. No entanto, em nenhuma de suas biografias, se diz que ele era vegetariano. Veja bem: em nenhuma! É o que pesquisou Matthieu Ricard. É  claro: seus biógrafos engoliam animais, mas não digeriam isso e nem o que disse o arcebispo Robert Runcie: se Deus fez tudo com amor, nada pode ser de pouco ou nenhum valor. (parece ele com São Francisco, não?)
Essa teologia não só é abrangente e coerente, é bela. Quero dizer: se temos o poder nas mãos é para proteger e zelar. Os cristãos empobrecem a “misericórdia” ao restringi-la somente aos humanos e a alguns animais.
Resumo também o que disse um outro Francisco o Papa atual, na sua encíclica “Laudato si”:
“...numa comunhão universal nada e ninguém fica excluído..”
“...é contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor de suas vidas de modo indiscriminado.”
Meu caro Fratelli: só falta a você ser coerente com suas palavras e entrar para a confraria... dos vegetarianos!
O padre vegetariano e filósofo Jean Meslier também foi exceção na Igreja, mas depois se tornou ateu. Julgava ele a crueldade dos cristãos semelhante a esse mesmo Deus hostil aos animais.
Caro Jean: desse “deus” minúsculo também sou ateu.
Aqui onde moro fui num culto evangélico em que havia uma dúzia de pessoas e o palestrante que me conhecia disse para todos ouvirem e citando a Bíblia que Deus gosta do cheiro da carne assada. Aí fiquei imaginando Jesus atrás do balcão de um açougue com um avental branco e manchado de sangue! Valha-me Deus Orlando para esse teu deus, sou ateu.
Há dois séculos e meio atrás o pastor anglicano James Granger fez um sermão a favor da proteção aos animais e alguns membros da sua Igreja julgaram que ele tinha enlouquecido!
Atualmente outro anglicano e teólogo Andrew Linzey tem livros escritos sobre a questão animal. É contundente, por exemplo, o que ele diz sobre o massacre de focas para a venda de seu pênis como afrodisíaco.
É o tal antropocentrismo: se é bom para nós, que se danem os animais.
Diz o Francisco Papa na encíclica citada que o coração é um só. Coincide com o que disse outro católico e poeta francês Afonso de Lamartine:
“Não temos dois corações, um para os animais e outro para os seres humanos. Ou temos um coração, ou não o temos”.